Estaria
o “Efeito Werther” contribuindo para o aumento de suicídios entre Pastores
evangélicos?
Aumento do número de Pastores Que cometeram Suicídio
Não
faz muito tempo suicídio de um pastor evangélico era evento raro e geralmente
nos EUA. Nos últimos anos fomos surpreendidos cada vez mais por esta triste
realidade.
Tentativas Para Ajudar
Recebo
frequentemente muitos textos sobre o tema, geralmente tentando explicar o que
leva um pastor se matar ou oferecendo conselhos práticos sobre como prevenir o
que já podemos chamar de epidemia, sim suicídio pode ser contagioso. A maioria
dos textos é bem escrito com propostas bem interessantes. Apesar desta vasta
produção de textos sobre o suicídio e como preveni-lo fico com a impressão que
está aumentando cada vez mais o número de pastores que chegam a este ato
extremo. Um bom texto listava razões que levam pastores ao suicídio. Muito bem
escrito, mas as razões apontadas não são novidade na vida pastoral. Traição,
frustração, cobranças injustas e até psicose e depressão não são novidades na
vida de um Pastor. Por qual motivo Pastores evangélicos começaram a praticar o
suicídio? Talvez seja o “Efeito Werther”.
Efeito Werther
Sempre
que a mídia dá ênfase ao suicídio de alguém famoso ocorre um aumento na taxa de
suicídios. É o “Efeito Werther”, referência ao personagem de Goethe em seu
livro homônimo publicado em 1774 onde o protagonista se suicida por conta de um
amor frustrado e 40 jovens se mataram de maneira semelhante ao personagem do
livro provocando a proibição da venda em alguns países. Temos exemplo mais
recente como o suicídio de Marilyn Monroe que provocou um aumento de 12% no
número de suicídios.
Falar Sobre o Suicídio É Bom ou Ruim?
Não
tão terra, não tão mar. Deixar de falar sobre suicídio jamais será uma atitude
sensata. A série produzida pela Netflix “13 Razões” (13 Reasons Why) foi
positiva por levar muitos adolescentes a refletirem sobre esta realidade e
mostrar que uma pessoa pode sofrer silenciosamente sem que as pessoas que estão
ao seu redor percebam. Mas ao mostrar um suicídio bem sucedido pode ter um
impacto negativo em quem está pensando no assunto e encorajar.
O
mais adequado, quando for o caso, mencionar a morte sem citar que foi por
suicídio e evitar falar sobre o método utilizado. É importante que sempre que o
assunto suicídio for tratado falar sobre a importância de pedir ajuda e as
opções disponíveis como o CVV (Centro de Valorização da Vida) que oferece
atendimento pelo número 188 e via chat no site cvv.org.br. Uma medida interessante seria colocar um alerta no início de
qualquer texto que for falar do suicídio de maneira explícita para quem se
considerar fragilizado não continuar a leitura.
O Que a Igreja Pode Fazer?
Praticar o amor cristão com todos, inclusive com seus pastores.
Aceitar que o suicídio é uma questão de saúde e assim deve ser tratado, quem
comete suicídio não deseja obrigatoriamente morrer, mas se livrar do
sofrimento. Se perceber que o Pastor apresenta sinais de depressão, sugira
buscar por um psicólogo e em casos mais graves um psiquiatra para avaliação
sobre a necessidade de uso de medicamentos. Muito cuidado com o pré-julgamento.
Para muitos é necessário existir uma causa para alguém estar deprimido, uma
perca significativa, uma tragédia, etc. Apesar de ser muito comum associar
depressão com tragédias da vida do deprimido é possível alguém com a vida
estável e até com muitos motivos aparentes para estar feliz, ainda assim estar
depressivo e pensando em se matar.
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